A visão construtiva do Morgan Stanley também passa pela expectativa de afrouxamento da Selic em 2023 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
Há mais valor a ser capturado em ações orientadas pelo cenário doméstico do que em nomes de produtores de commodities, defende o Morgan Stanley.
Em relatório publicado no dia 8 de setembro, a equipe de research do banco destaca que, além de estarem mais baratas e acomodarem menos riscos de resultados que as commodities neste momento, as ações domésticas estão com mais alavancagem operacional.
A visão construtiva do Morgan Stanley também passa pela expectativa de afrouxamento da Selic em 2023, com um novo ciclo de política monetária se iniciando no Brasil.
Além disso, o banco se apoia na probabilidade de o vencedor das eleições presidenciais em outubro implementar políticas econômicas “relativamente ortodoxas”.
Enquanto isso, os riscos de desaceleração econômica no exterior, com as preocupações recaindo sobre Estados Unidos, Europa e China, levantam dúvidas quanto à situação da demanda por commodities nos próximos meses.
“O prêmio no valuation apresentado nas mega caps Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) no começo do segundo trimestre baseado em nossos modelos “preço sobre lucro” normalizados desapareceram agora, e faz sentido administrar o tamanho nas nossas posições underweight nessas ações [ativos locais]”, comentam Guilherme Paiva, Juan Ayala, Nikolaj Lippmann e Julia Nogueira, que assinam o relatório.
O Morgan Stanley destacou alguns nomes do seu Brazil Model Portfolio que considera como boas opções para exposição.
Para exposição a valor, o banco gosta de Itaú Unibanco (ITUB4), Petrobras, JBS (JBSS3) e Bradesco (BBDC4).
Para crescimento local e inversão da curva da taxa de juros, os ativos sugeridos são: Iguatemi (IGTI11), Rumo (RAIL3), Equatorial (EQTL3), Localiza (RENT3) e BTG Pactual (BPAC11).
Por fim, para se expor a crescimento secular, o Morgan Stanley cita XP (XP), Totvs (TOTS3), Sequoia (SEQL3) e Locaweb (LWSA3).
Dentre as ações brasileiras que compõem o Top Stock Ideas, o Morgan Stanley cita, além de XP, JBS, Itaú, Petrobras, BTG Pactual e Localiza, o papel da Vale (VALE3).
Alvo para Ibovespa
O Morgan Stanley está “overweight” com o mercado brasileiro de ações na América Latina, com o preço-alvo estimado para o Ibovespa em moeda local de 130 mil pontos na metade de 2023.
O cenário-base considera preços altos, porém estáveis de commodities, além da moderação gradual da inflação.
No cenário mais otimista, com preços de commodities mais elevados e a inflação ficando mais moderada, o preço-alvo para o Ibovespa é de 150 mil pontos.
No cenário mais pessimista, de queda nos preços das commodities e recessão global, o alvo para o índice é de 95 mil pontos.
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