Com o objetivo de avançar na parceria com o Banco Mundial, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou de audiência com representantes da instituição financeira nesta terça-feira (29.08), em Brasília. A reunião abordou temas relacionados a programas de transferência de renda, Cadastro Único e sistemas de informação, programas de assistência social, inclusão produtiva e desenvolvimento da primeira infância.
“Reconhecemos a importância da política social no Brasil, que tem sido pioneiro em políticas efetivas, desenvolvidas para a redução da pobreza, como o Bolsa Família”, disse o diretor regional de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Jaime Saavedra. “É muito importante o trabalho que está sendo feito para fortalecer o programa para os mais pobres”, completou.
Na quinta-feira (31), o MDS, por meio das secretarias de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad) e de Renda da Cidadania, e o Banco Mundial vão apresentar dois estudos realizados em parceria, sobre o Programa Bolsa Família: “Novo Bolsa Família: Desafios e Oportunidades para 2023” e “Transferência de Renda e Economia Local: Evidência do Brasil”.
“Lidamos com a pobreza crônica no Brasil e vários estudos mostram que os efeitos são catastróficos na população que depende dos benefícios sociais”, disse o ministro Wellington Dias, que destacou ainda a criação da Regra de Proteção no Bolsa Família. “Mudamos alguns critérios para garantir o recurso para aqueles que conseguem um emprego”.
“Nós do Banco Mundial, estamos muito interessados em sermos sócios em todo o processo de fortalecimento do Bolsa Família, não só para assegurar os impactos benéficos para o bem-estar das crianças e das famílias no Brasil, mas também porque é uma grande oportunidade para aprendermos como as políticas sociais podem ser efetivas para a América Latina”, finalizou Jaime Saavedra.
Na reunião, ainda foi discutida a colaboração do Banco Mundial com assistência técnica em áreas como transferência de renda, Cadastro Único, planejamento de infraestrutura dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e na proteção social.
“Temos muitos desafios pela frente e necessitamos de investimentos para melhorar a infraestrutura dos Centros de Atendimento, para equipamentos e para a qualificação dos profissionais que atuam na ponta”, analisou o ministro Wellington Dias.
“A experiência do Banco Mundial pode nos ajudar a melhorar as condições de trabalho na agricultura familiar, por exemplo. Não só na área de assistência técnica, mas com o uso de tecnologias mecanizadas na produção, além de melhores práticas no armazenamento e comercialização de produtos”, completou.
A gerente de Operações do Banco Mundial, Sophie Naudeau, considera importante o apoio da entidade para o Bolsa Família. “Nós, como banco de desenvolvimento, queremos apoiar esse programa que inspira vários outros países. Estamos trabalhando juntos para melhorar o desenho, a eficiência e o impacto nas populações mais pobres e mais vulneráveis do Brasil”, disse.
Em dezembro, o Brasil assume a presidência do G20, e será trabalhado em conjunto com parceiros o lançamento de uma aliança contra a fome e a pobreza. O Banco Mundial irá colaborar na elaboração da proposta brasileira.
Assessoria de Comunicação – MDS